quarta-feira, 20 de março de 2013

Você já se sentiu como se tivesse perdido tudo? Eu perdi. Não exatamente tudo, mas quase tudo, ainda me restam um isqueiro e um maço de cigarro. Eu cresci ouvindo frases clichês de pessoas virgens de sofrimento na vida, que costumam dizer aquilo que é realmente seu nunca vai deixar de ser, que no final tudo da certo, e essas baboseiras, estilo conto de fadas. Tolas, são isso que elas são, apenas pessoas tolas que falam, falam, mas nunca tiveram a real experiencia. Eu já fui um tolo, seguia os ideais que a sociedade julgava certo, mas de uma certa forma, nunca fui considerado muito normal. Eu nunca fui do tipo de ter amigos, eu tive só uma namorada, e ela era uma vadia. Meus pais em uma época que eles resolveram fingir que se importavam, me fizeram passar a frequentar um psicologo, por orientação do diretor do meu colégio que me achava problemático, me encaminhou para um psicologo chamado Paul Reichert, que era só uma um idiota que cobrava uma fortuna para fingir que se importava com as pessoas.
O tempo foi passando, acho que não cheguei a frequentar minhas sessões com o psicologo idiota mais do que duas vezes. Perdi meu emprego na lanchonete da esquina por nunca conseguir acordar antes das 11 da manhã, não era muita coisa, mas era oque fazia meu pai achar que o filho estava pelo menos tentando tomar um rumo na vida, e com isso, acabei brigando com o velho e ele me colocou para fora de casa. Fui morar por umas semanas com minha namorada, Samantha, mas logo terminamos, porque segundo ela eu não a amava mais. Talvez eu realmente não amasse. Eu já tive muita gente a minha volta, mas nunca alguém que realmente me ensinasse a amar. 
Agora eu ando pelas ruas da cidade, vendo os bares que estão sempre tão cheios de almas tão vazias, uma cidade aonde a ganancia vibra, a hipocrisia e a crueldade reina. E agora, sentado num banco de praça, fumando um cigarro, sem absolutamente nada, apenas com a roupa do corpo, eu consigo ver que ainda assim consigo ser mais feliz do que essas pessoas que acham que tem tudo. Porque elas podem ter dinheiro, fama, casa, amigos, amores, podem ter tudo. Mas eu tenho algo que talvez elas nunca vão ter, uma mente aberta e paz na alma.”

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