ESPECIAL CAZUZA!
A vida é a trajetória de um dos maiores poetas já visto nesse país. O cara que fez muita gente sorrir, chorar, se emocionar com suas canções, fez muita gente berra com suas letras devidamente criticas e ofensivas em alguns aspectos. O rebelde sem causa, boêmio, poeta, cantor, compositor; Agenor de Miranda Araújo Neto o nosso louco consiente, extremamente romântico, o nosso eterno; Cazuza!
nascido na cidade do Rio de Janeiro em 4 de abril de 1958, filho de João Araújo e Lucinha Araújo, Cazuza cresceu no bairro do Leblon e estudou no Colégio Santo Inácio até mudar para o Colégio Anglo-Americano, para evitar reprovação. Como os pais às vezes saíam à noite, o filho único ficava na companhia da avó materna, Alice. Por volta de 1965, ele começou a escrever letras e poemas, que mostrava à avó. Graças ao ambiente profissional do pai, Cazuza cresceu em volta dos maiores nomes da Música Popular Brasileira, como Caetano Veloso, Elis Regina, Gal Costa, Gilberto Gil, João Gilberto, Novos Baianos, entre outros.A mãe, também cantava e gravou três discos. Em 1972, tirando férias em Londres, Cazuza conhece as canções de Janis Joplin, Led Zeppelin e Rolling Stones, e logo tornou-se um grande fã. Por causa da promessa do pai, que disse que lhe presentearia com um carro caso ele passasse no vestibular, Cazuza foi aprovado em Comunicação em 1976, mas desistiu do curso três semanas depois. Mais tarde começou a frequentar o Baixo Leblon, onde levou uma vida boêmia. Assim, João Araújo criou um emprego para ele na gravadora Som Livre, da qual ainda é presidente. Na Som Livre, Cazuza trabalhou no departamento artístico, onde fez triagem de fitas de novos cantores. Logo depois trabalhou na assessoria de imprensa, onde escreveu releases para divulgar os artistas. No final de 1979 ele fez um curso de fotografia na Universidade de Berkeley, em São Francisco, Estados Unidos. Lá descobriu a literatura da Geração Beat, os chamados poetas malditos, que mais tarde teria grande influência na carreira. Em 1980 ele retornou ao Rio de Janeiro, onde ingressou no grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone no Circo Voador. Foi nessa época que Cazuza cantou em público pela primeira vez. O cantor e compositor Léo Jaime, convidado para integrar uma nova banda de rock de garagem que se formava no bairro carioca do Rio Comprido não aceitou, mas indicou Cazuza aos vocais. Daqueles ensaios na casa do tecladista Maurício Barros, nasceu o Barão Vermelho. Sua parceria com Roberto Frejat foi criticamente aclamada. Dentre as composições famosas junto ao Barão Vermelho estão "Todo Amor Que Houver Nessa Vida", "Pro Dia Nascer Feliz", "Maior Abandonado", "Bete Balanço" e "Bilhetinho Azul". Cazuza tornou-se um dos ícones da música brasileira da década de 1980. Dentre seus sucessos musicais em carreira solo, destacam-se "Exagerado", "Codinome Beija-Flor", "Ideologia", "Brasil", "Faz Parte Do Meu Show", "O Tempo Não Pára" e "O Nosso Amor A Gente Inventa". Também reconhecido pela sua inconfundível voz, ao lado de Raul Seixas e Renato Russo, é considerada uma das melhores vozes da música brasileira. Cazuza também ficou conhecido por ser rebelde, boêmio e polêmico, tendo declarado em entrevistas que era bissexual. Foi também neste mesmo ano que Cazuza foi infectado com o vírus da AIDS, precipitando seu desejo de deixar a banda, a fim de obter uma maior liberdade na composição e expressão, tanto musicalmente quanto liricamente. Cazuza viaja a Boston em busca de uma salvação para sua doença. Cazuza comparece na cerimônia do Prêmio Sharp de cadeira de rodas, onde recebe os prêmios de melhor canção para "Brasil" e melhor álbum para Ideologia. Burguesia (1989) foi gravado com o cantor numa cadeira de rodas e com a voz nitidamente enfraquecida.É um álbum duplo de conceito dual, sendo o primeiro disco com canções de rock brasileiro e o segundo com canções de MPB. Burguesia é o último disco gravado por Cazuza e vendeu 250 mil cópias. Cazuza recebeu o Prêmio Sharp póstumo de melhor canção com "Cobaias de Deus". Em outubro de 1989, depois de quatro meses a base de um tratamento alternativo em São Paulo, Cazuza parte novamente para Boston, onde ficou internado até março de 1990 voltando assim para o Rio de Janeiro. Ainda em Boston ele fez um desejo, voltar ao seu país para ver o mar, pela última vez. E no dia 7 de julho de 1990, o país perde uma das mais aclamadas vozes, de um de seus maiores compositores já visto. Morre Cazuza aos 32 anos por um choque séptico causado pela AIDS. Notícia essa que parou o pais. No enterro compareceram mais de mil pessoas, entre parentes, amigos e fãs.O caixão, coberto de flores e lacrado, foi levado à sepultura pelos ex-companheiros do Barão Vermelho.Cazuza foi enterrado no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. E até hoje, jamais foi vista voz parecida com a dele, é onde quer que ele esteja o nosso exagerado está cantando e encantando há todos. E como eu sempre digo: Morre o artista, mas a arte e imortal! E arte dele, gravou, sacramentou e eternizou, atravessou gerações.Eternamente Cazuza!
Nenhum comentário:
Postar um comentário